Tiago Cruz com boas memórias é o melhor português em 24.º
O ex-campeão nacional foi 4.º classificado em 2018 neste torneio do Challenge Tour. Filipe Lima e Hugo Santos estão dentro do cut provisório. O amador Daniel da Costa Rodrigues está perto. Henric Sturehed lidera.
Tiago Cruz foi o melhor dos 18 portugueses que hoje (quinta-feira) iniciaram o 57.º Open de Portugal @ Morgado Golf Resort, um torneio do Challenge Tour, de 200 mil euros em prémios monetários, que a Federação Portuguesa de Golfe, a PGA de Portugal e o Grupo Nau Hotels & Resorts estão a organizar em Portimão.
«Foi uma volta positiva. Fiquei contente. O dia não está fácil e o campo não perdoa um mau shot. Estou satisfeito por ter entrado bem neste primeiro dia», disse Tiago Cruz, que integra o grupo dos 24.º classificados, entre 156 participantes, após uma primeira volta em 71 pancadas, 1 abaixo do Par do Morgado Golf Course.
Há um ano, o antigo bicampeão nacional obteve um bom 4.º lugar, algo ofuscado pelo 2.º de Filipe Lima e essas boas sensações ajudaram: «Durante o treino veio à memória o bom resultado do ano passado, mas este ano as coisas são diferente, com o rough tão alto e os greens duros e hoje só estive focado no dia de hoje».
Com 4 birdies e 3 bogeys, o profissional do BiG evitou grandes complicações e o facto de ter ganho na semana passada o 38.º Open Pro-Am da Ilha Terceira, nos Açores, também ajudou a esta boa entrada em prova. «Ganhar nos Açores moralizou-me, porque não andava a jogar bem e agora estou mais em cima», admitiu à SportTV.
Para os dois últimos dias de provam passa apenas o top-60 da classificação geral do torneio e, para já, provisoriamente, há apenas mais dois portugueses dentro desse ‘cut’: Filipe Lima e Hugo Santos, ambos no grupo dos 39.º classificados, com 72 pancadas, a Par do campo que há três anos seguidos recebe a prova.
«A volta de hoje foi sólida, não foi mau. Joguei bem no jogo comprido e do tee ao green, tive poucos resultados nos greens mas irei ter de ter paciência nisso. Tive oportunidade de ficar abaixo do Par mas o mais importante é ter continuado a lutar. Estou bastante satisfeito de fazer o Par do campo tendo em conta que o campo está difícil, os ‘roughs’ estão perigosos. Agora é continuar assim, com a mesma cabeça e espero que venha a dar num bom resultado», disse Lima, vencedor este ano de um torneio na Finlândia, que pode regressar ao top-10 do Challenge Tour.
«Senti-me bem, mas sempre na espectativa de cada shot, se a bola iria ficar boa ou rolar para aquele ‘rough’ tão denso! Acho que o campo está em muito boas condições, e beneficia muito quem anda no fairway e acerta o green», comentou, por seu lado, Hugo Santos, outro ex-campeão nacional, como Lima e Cruz, mas que, ao contrário deles, já abraçou a carreira de treinador.
Hugo Santos só entrou na lista de inscritos poucos dias antes do início do torneio, o que faz que este primeiro dia positivo seja ainda mais saboroso: «Os meus alunos ficam algo orgulhosos por ver-me competir e aceitam com alguma facilidade a mudança das aulas, e mesmo tendo sido convidado para jogar a poucos dias do inicio, é um enorme orgulho estar presente neste tipo de palco, onde posso acompanhar de perto as tendências dos jogadores e dessa forma aprender algo mais!».
Os irmãos Santos são famosos no golfe nacional mas talvez se esperasse mais de Ricardo Santos, afinal, o 4.º classificado da Corrida para Maiorca do Challenge Tour, mas o campeão de um torneio deste ano na Suíça viveu um pesadelo e só aparece no 125.º posto com 77 (+5), empatado entre outros com João Carlota.
Dos restantes portugueses, merece destaque o jovem de 16 anos, que irá completar 17 no Sábado, Daniel Rodrigues, o campeão nacional amador, que aparece num honroso 61.º lugar (empatado), a apenas 1 pancada do cut, com 73 (+1).
«O balanço é positivo. É a primeira vez que eles (Dani e Pedro Silva) estão a participar num torneio do Challenge Tour e senti-os estranhamente calmos e descontraídos. O Dani jogou bem, fez um green a três putts e fez um resultado de +1, o Pedro fez três greens a três putts e apresentou +3, isso mostra a qualidade do que jogaram hoje», analisou Nelson Ribeiro, o selecionador nacional da FPG.
João Ramos e Tomás Silva estão na 82.ª posição com 74 (+2); o amador Pedro Silva, João Magalhães e Tomás Melo Gouveia são 96.º com 75 (+3); Alexandre Abreu, Francisco Oliveira e Miguel Gaspar são 113.º com 76 (+4), Tomás Bessa, Vítor Lopes e Nathan Brader são 137.º com 78 (+6) e Tiago Rodrigues é 141.º com 79 (+7).
O 57.º Open de Portugal @ Morgado Golf Resort é liderado por um quase desconhecido, o sueco de 29 anos cumpridos esta semana, Henric Sturehed, autor de uma soberba volta de 66 (-6), que aproveitou o vento que foi caindo de intensidade ao final da tarde para fechar a sua volta com 3 birdies nos últimos quatro buracos. «Hoje joguei mesmo bem este campo e consegui manter-me na relva baixa, o que foi muito importante porque o ‘rough’ está mesmo denso», explicou o 93.º classificado na Corrida para Maiorca do Challenge Tour.
Classificado apenas no 1008.º posto do ranking mundial, Sturehed entrou no Challenge Tour em 2018 e só alcançou dois top-10: foi 5.º no Challenge de Espanha em 2018 e 9.º no mesmo torneio este ano. Hoje lidera o torneio de profissionais, um dia depois de ter-se imposto no Pro-Am, ao lado dos amadores André Castelo Branco, António Kankura Salazar e João Alfredo Branco com 43 abaixo do Par.
O escandinavo está a candidatar-se a uma rara dobradinha e vencer as duas provas, embora a concorrência seja feroz. Com efeito, dois jogadores habituados a treinar e jogar no Algarve durante o inverno perseguem-no a apenas 1 pancada de distância, o polaco Adrian Meronk e o canadiano Aaron Cockerill.
O 57.º Open de Portugal @ Morgado Golf Resort prossegue amanhã (sexta-feira) a partir das 7h30. Por volta da hora do almoço haverá uma visita especial ao Morgado Golf Resort dos skippers Lyndsay Barnes, Dan Jones, Ryan Barkley e Jerónimo Gonzales, envolvidos numa regata que passa por Portimão.
GABINETE DE IMPRENSA DO OPEN DE PORTUGAL @ MORGADO GOLF RESORT