60.º Open de Portugal at Royal Óbidos – HUGO CAMELO SURPREENDE COM 4.º LUGAR EM ESTREIA NO CHALLENGE TOUR
O N.º1 NACIONAL AMADOR É O MELHOR DOS 9 PORTUGUESES E ESTÁ A APENAS 2 PANCADAS DO LÍDER, O INGLÊS TODD CLEMENTS, VENCEDOR ESTE ANO DO IRISH CHALLENGE. PEDRO FIGUEIREDO, STEPHEN FERREIRA, TOMÁS BESSA E VASCO ALVES ESTÃO DENTRO DO CUT PROVISÓRIO. FPG E CHALLENGE TOUR RENOVAM PARCERIA
Hugo Camelo, de apenas 19 anos e ainda amador, provocou a surpresa geral ao tornar-se não só no melhor dos nove portugueses, mas também ao meter-se entre os melhores jogadores que estão na luta pelo título do 60.º Open de Portugal at Royal Óbidos.
O n.º1 do Ranking Nacional BPI (para amadores) integra o grupo dos 4.º classificados, com 69 pancadas, 3 abaixo do campo desenhado por Seve Ballesteros, distando apenas de 2 ‘shots’ do líder, o bem mais conceituado inglês Todd Clements, o 11.º classificado na Corrida para Maiorca e vencedor este ano do Irish Challenge.
«Jogar o Open de Portugal é um sonho tornado realidade e sempre tive esse objetivo desde o início da época», disse o jogador do Club de Golf de Miramar, em Vila Nova de Gaia, que aprendeu a jogar em Amarante, onde os greens são mais macios e húmidos, tal como hoje se apresentou o Royal Óbidos Spa & Golf Resort, devido à chuva que caiu na segunda e terça-feira.
«Gosto de campos com os greens mais softs, para jogar mais para cima da bandeira, porque comecei a jogar golfe em Amarante e o campo é sempre um bocadinho mais pesado por causa das inclinações e isso ajudou-me imenso», explicou o atleta que está a viver a sua melhor temporada golfística de sempre, participando, por exemplo, no Mundial e nos Europeus para amadores, ao serviço das seleções nacionais da FPG.
«O Campeonato do Mundo deu-me um bocado de experiência, é o melhor torneio de amadores, com um grande nível, e isso ajudou-me bastante a fazer hoje uma boa volta», frisou, acrescentando que «foi uma grande volta. No início sentia-me um bocado ansioso, mas era uma boa ansiedade, porque sabia que ia desfrutar desta oportunidade que é jogar no Challenge Tour. Vim a pensar nas quatro voltas, era um objetivo e acho que estou no bom caminho».
Nelson Ribeiro, o treinador nacional da FPG, explicou porque razão Hugo Camelo está a viver a sua melhor época de sempre: «O Hugo tentou entrar na Universidade de Desporto no ano passado e não conseguiu. Ficou um ano só a jogar golfe, a treinar, jogou todas as competições a nível nacional, os Campeonatos da Europa Individual e por Equipa, o Campeonato do Mundo, agora o Challenge Tour».
Pedro Figueiredo foi o segundo melhor português e também ele está entre os melhores, no grupo dos 16.º classificados, com 70 (-2), a apenas 3 pancadas do líder. O profissional da Vanguard, campeão nacional em 2013 e membro do Challenge Tour em 2022, elogiou o feito de Hugo Camelo.
«Joguei com o Hugo há três meses, num torneio da FPG e fiquei impressionado com o jogo dele. Por isso, não me surpreendeu assim tanto, mas, sem dúvida, que é um grande resultado… estar no Open de Portugal, no seu primeiro torneio do Challenge Tour, fazer um resultado de -3 e ser o melhor português é de louvar», disse “Figgy”, que considerou ele próprio ter feito «uma volta consistente».
Para além de Hugo Camelo e Pedro Figueiredo, outros três portugueses terminaram a primeira jornada dentro do cut provisório: no 40.º lugar empatados, Stephen Ferreira e Tomás Bessa, com 71 (-1), e, no grupo dos 57.º classificados, o amador Vasco Alves, com 72 (Par).
Os restantes portugueses ocupam as seguintes posições: 69.º Pedro Lencart (+1), 108.º Tomás Melo Gouveia (+3), 135.º Vítor Lopes (+6), 143.º João Girão (+9).
O Open de Portugal at Royal Óbidos é o único torneio nacional inserido no Challenge Tour, é organizado pela FPG, e distribui prémios monetários no valor de 250 mil euros.
Estão presentes 8 dos 10 primeiros e 17 do top-20 do ranking do Challenge Tour e logo depois do líder Todd Clemments (-5), surgem dois jogadores a 1 pancada de distância: o belga Christopher Mivis e o sueco Anton Karlsson.
O sul-africano Deon Germishuys, companheiro de Stephen Ferreira no Sunshine Tour, fez o primeiro ‘hole-in-one’ do torneio, no buraco 13, de Par-3. Foram 131 metros com um ferro 8.
A segunda volta arranca amanhã (sexta-feira), às 7h50, com saídas de dois buracos em simultâneo. Os últimos grupos partem às 14h46.
Entretanto, no Pro-Am Hyundai, disputado na quarta-feira, o título foi para o escocês Liam Johnston (dos buracos 1 a 9) e para o francês Robin Sciot-Siegrist (dos buracos 10 a 18), que fizeram -33 ao lado dos amadores Margarita Kislitsyna, Konstantin Rachinsky e Andrey Dementiev.
Já hoje de manhã, a FPG, representada pelo seu presidente, Miguel Franco de Sousa, assinou a renovação do contrato com o Challenge Tour, na pessoa do seu diretor, Jamie Hodges, garantindo a permanência do Open de Portugal durante mais três anos (até 2025) no Challenge Tour e no Royal Óbidos Spa & Golf Resort.
Gabinete de Imprensa do Open de Portugal at Royal Óbidos
Miraflores, 15 de setembro de 2022
Fotografia © Rodrigo Gatinho / Federação Portuguesa de Golfe