61.º Open de Portugal at Royal Óbidos – UMA DAS MELHORES EDIÇÕES DE SEMPRE ENQUANTO TORNEIO DO CHALLENGE TOUR
ALGUMAS ESTRELAS DO DP WORLD TOUR E OITO DOS DEZ PRIMEIROS DO CHALLENGE TOUR, INCLUINDO O N.º1 CASEY JARVIS, COM UM TOTAL DE 7 PORTUGUESES EM PROVA E O CAMPEÃO DO ANO PASSADO
Algumas estrelas do DP World Tour, a primeira divisão do golfe europeu, e oito dos dez primeiros classificados do ranking do Challenge Tour, a segunda divisão, abrilhantam a 61.ª edição do Open de Portugal at Royal Óbidos, o torneio da Federação Portuguesa de Golfe (FPG), de 250 mil euros em prémios monetários, que hoje (quinta-feira) arranca no Royal Óbidos Spa & Golf Resort, terminando no Domingo.
Numa semana em que só a elite do DP World Tour tem entrada em Wentworth, num torneio da Rolex Series, vários jogadores optaram por rumar a Portugal, reunindo aquela que poderá ser, eventualmente, a melhor edição de sempre do Open de Portugal desde que passou a ser evento do Challenge Tour.
«A lista de inscritos é bastante forte, julgo que, embora seja o meu primeiro torneio do ano no Challenge Tour, talvez seja o ‘field’ mais forte da temporada até ao momento», disse Ricardo Santos, membro do DP World Tour, campeão de um título deste circuito principal, no Madeira Islands Open BPI de 2012, que não teve entrada em Wentworth e veio jogar o Open de Portugal.
Basta olhar para a lista de inscritos para saltarem à vista nomes como o do italiano Renato Paratore (2 troféus do DP World Tour, incluindo o British Masters), Lucas Bjerregaard (2, incluindo o Dunhill Links Championship), o inglês Tom Lewis (o único duplo campeão do Portugal Masters), o sul-africano Brandon Stone (3, incluindo o Open da Escócia), o sueco Rikard Karlberg (Open de Itália), o francês Romain Watel (Open da Holanda) e poderíamos continuar com muitos outros jogadores.
Claro que o Open de Portugal at Royal Óbidos é um evento do Challenge Tour e os jogadores visam sobretudo terminar a temporada nos 20 primeiros do ranking no final da temporada, pois são esses que sobem ao DP World Tour em 2024.
Se olharmos para a Corrida para Maiorca (o nome do ranking), verificamos que constam oito dos dez primeiros, incluindo o n.º1, o sul-africano Casey Jarvis. Mas também estão presentes 17 dos 23 jogadores que este ano ganharam torneios do Challenge Tour, incluindo o português Ricardo Melo Gouveia, campeão este ano no Abu Dhabi, em abril.
Óbidos acolhe a 26.ª etapa do circuito, de um total de 30 provas. Como de costume, só depois da Rolex Challenge Tour Grand Final Suported by the R&A, no início de novembro, em Maiorca, é que ficarão definidos os 20 jogadores que sobem à primeira divisão europeia. E só poderão jogar nessa Grande Final os primeiros 45 do ranking.
No entanto, antes disso, entre 13 e 16 de outubro, haverá um torneio na China, o Haina Open, onde só poderão jogar os 60 primeiros do ranking. Portanto, a estratégia da maioria dos jogadores que esta semana competem em Portugal será a de lutarem por esse top-60, para depois, na China, procurarem o acesso ao top-45 em direção a Maiorca.
Um desses jogadores será Pierre Pineau, o campeão do ano passado, que regressa para tentar tornar-se no primeiro jogador a revalidar o título do Open de Portugal desde o inglês Paul Broadhurst em 2005 e 2006. Está em 71.º e precisa de um bom resultado.
Entre os 144 participantes, há 7 portugueses, incluindo Ricardo Melo Gouveia, que há dois anos foi 4.º classificado, já aqui em Royal Óbidos; Tomás Bessa, que no ano passado, também no campo desenhado pelo saudoso Seve Ballesteros alcançou um bom 6.º lugar; e Vítor Lopes que, em 2020, na primeira vez que o Open veio a Óbidos, foi 7.º classificado. Já Ricardo Santos compete sobretudo para manter o ritmo competitivo antes de regressar ao DP World Tour. Tomás Melo Gouveia, após três top-10 em 2023, quer manter-se no top-60 da Corrida para Maiorca, enquanto Pedro Lencart joga pela quinta vez a prova e procura passar pela primeira vez o cut, reservado ao top-60. Finalmente, João Pinto Basto estreia-se no torneio e hoje, no primeiro dia, terá um caddie de luxo em Pedro Figueiredo.
DECLARAÇÕES DOS PORTUGUESES
Eis algumas declarações dos jogadores portugueses (as entrevistas completas estão na conta de Facebook do torneio):
Ricardo Santos: «Estou bastante satisfeito por estar aqui. Não joguei na semana anterior, na Irlanda, tive uma semana de descanso e aproveito esta semana para competir, porque na próxima semana tenho o Open de França, em Paris e prefiro competir do que ficar em casa».
Ricardo Melo Gouveia: «É um sonho para qualquer jogador português ganhar uma destas provas. Sinto-me bem, venho de uma boa semana (8.º no Challenge de Espanha), o campo está em ótimas condições, acho que vai ser um bom teste. Estive bastante mais consistente na semana passada, consegui finalmente fazer quatro voltas positivas, tudo indica que o jogo está lá. Gosto de jogar em casa, de sentir o apoio do público português e estou ansioso por começar».
Tomás Melo Gouveia: «Esta tem sido a minha melhor época de sempre, fiz três top-10 no Challenge Tour e este ano um dos objetivos era fazer um top-10. Outro objetivo era garantir o cartão do Challenge Tour e estou no bom caminho para fazer isso. Agora o primeiro objetivo é o top-60 para ir à China, estou no 60.º lugar. Preciso de dois bons resultados nos dois próximos torneios para manter-me nesse top-60».
Tomás Bessa: «Adoro este campo, esta região, é muito bom estar em Óbidos, traz-me boas memórias do ano passado. As condições estão parecidas às do ano passado, quanto aos greens e aos fairways, é um campo que conheço bem, já joguei cá várias vezes, tenho todas as condições para fazer uma ótima semana. O meu objetivo é ganhar, mas se fizer do que no ano passado já será uma ótima semana».
Vítor Lopes: «As boas memórias daqui estão gravadas. Sabe bem terminar a minha época neste torneio, claro que vou tentar um top-10 para poder jogar na próxima semana, mas este ano as coisas não me têm corrido às mil maravilhas em termos de resultados. Agora, neste sítio, onde já fui bastante feliz, dá-me outra motivação».
Pedro Lencart: «O campo está em excelentes condições, como sempre, com os greens bons, rápidos, os roughs estão bastante altos. Na segunda-feira o campo estava um bocadinho mais molhado, mais soft, mas hoje reparei que secou um bocadinho e está impecável. Nos últimos dois torneios estive a jogar melhor e entro confiante neste torneio. Embora nunca tenha jogado bem neste torneio, gosto bastante deste campo e acho que esta semana pode ser muito boa».
João Pinto Basto: «É o meu terceiro ano como profissional, no ano passado faltou-me um convite para vir jogar e este ano, para meu grande agrado, vou conseguir jogar pela primeira vez. O maior trabalho que tenho feito com o Gonçalo Pinto é no putt e agora, finalmente, no verão comecei a jogar bem, a fazer bons resultados. é bom ver que o jogo continua estável e com um putt melhor consigo subir de nível. Estou capaz de ter um bom resultado, de fazer um bom torneio».
Gabinete de Imprensa do Open de Portugal at Royal Óbidos
Miraflores, 14 de setembro de 2023
Fotografia © Rodrigo Gatinho / Federação Portuguesa de Golfe