61.º Open de Portugal at Royal Óbidos – RICARDO MELO GOUVEIA SOBE 24 LUGARES
O ATLETA OLÍMPICO PORTUGUÊS É AGORA 35.º E O MELHOR DOS TRÊS GOLFISTAS NACIONAIS. O INGLÊS ANDREW WILSON, MEMBRO DO DP WORLD TOUR, É O NOVO LÍDER, COM MARCO PENGE SEMPRE À ESPREITA
Ricardo Melo Gouveia subiu hoje (Sábado) 24 lugares e necessita amanhã (Domingo) de um grande resultado na última volta do Open de Portugal at Royal Óbidos para chegar-se ao top-10 do torneio de 250 mil euros em prémios monetários. Isso deverá permitir-lhe meter-se no top-15 da Corrida para Maiorca, o ranking do Challenge Tour.
Terminada a penúltima volta da 61.ª edição do mais importante torneio de golfe português, Ricardo Melo Gouveia ascendeu ao grupo dos 35.º classificados, depois de ter começado na quinta-feira no 31.º posto e de ter fechado a segunda volta na 59.ª posição.
O português de 32 anos assinou a melhor volta portuguesa da terceira jornada, de 3 pancadas abaixo do Par do Royal Óbidos Spa & Golf Resort, e apresenta agora um total de 211 pancadas, 5 abaixo do Par, após rondas de 70, 72 e 69. Hoje colecionou 1 eagle, 5 birdies e 4 bogeys. Se o torneio terminasse agora, o profissional da Quinta do Lago já teria assegurado a entrada no top-20 da Corrida para Maiorca.
Esse é o seu grande objetivo da temporada – terminar no top-20 –, para ascender no próximo ano ao DP World Tour, a primeira divisão europeia. A intenção no início da semana de conquistar um segundo título esta época, depois do alcançado no Abu Dhabi, e assegurar praticamente a subida de divisão, está afastada. Mas um top-10 em Óbidos seria um passo importante para reentrar no DP World Tour, quando faltam apenas quatro torneios até ao final da época.
A melhor classificação de sempre de Ricardo Melo Gouveia no Open de Portugal foi o 4.º lugar em Royal Óbidos em 2021 e não será fácil superar este ano esse registo.
Pelo contrário, Ricardo Santos – a jogar sem pressão, pois é membro do DP World Tour e joga em Óbidos sobretudo para rodar –, pode perfeitamente estabelecer como objetivo atingir a sua melhor classificação de sempre no torneio da Federação Portuguesa de Golfe. Santos, de 41 anos, foi 24.º em 2020, no ano em que o torneio transitou para este campo desenhado por Seve Ballesteros.
O profissional do Wydham Grand Algarve também partiu para o chamado “moving day” no 59.º lugar e também ele aproveitou para subir na tabela, surgindo agora no 46.º lugar (empatado), com 212 pancadas, 4 abaixo do Par, juntando voltas de 73, 69 e 70. Hoje fez 5 birdies e 3 bogeys. Está a 4 pancadas do top-20 do torneio.
Tomás Bessa comandava aos 18 buracos, desceu para o 23.º posto aos 36 buracos e, agora, aos 54 buracos, integra o grupo dos 62.º classificados, com 215 pancadas, 1 abaixo do Par, após rondas de 63, 76 e 76, 1 abaixo do Par.
Hoje começou mal, com um triplo-bogey no buraco 1, por a saída ter ficado à direita fora dos limites de campo, e concluiu com um duplo-bogey no buraco 18, por o seu approach ter ido à água. Mas, pelo meio desses dois buracos negros que estragaram-lhe o resultado, até jogou bom golfe, com uma série positiva de 4 birdies entre os buracos 7 e 14.
O profissional da Cigala, de 27 anos, foi 6.º classificado no ano passado e, tal como no caso de Ricardo Melo Gouveia, nem deverá pensar em alcançar um recorde pessoal na prova. Para Tomás Bessa, o mais importante será fazer uma boa volta amanhã, levantar a cabeça depois de dois dias difíceis e mostrar todo o potencial que sempre lhe foi reconhecido e que veio ao de cima na primeira jornada.
Se Tomás Bessa foi o líder da primeira volta e o espanhol Manuel Elvira o comandante da segunda ronda, agora, na partida para o último dia, a classificação é encabeçada pelo inglês Andrew Wilson, um jogador do DP World Tour, a participar apenas no seu segundo torneio do Challenge Tour do ano. Não entrou em Wentworth e optou por jogar na divisão anterior, num campo que conhece e gosta.
Andrew Wilson, de 29 anos, natural do nordeste de Inglaterra, diz estar habituado aos ventos fortes e a frio, pelo que não se incomodou nada com o vento de hoje na costa oeste de Portugal. O certo é que carimbou sete birdies sem sofrer qualquer bogey e saltou para o comando, com 201 pancadas, 15 abaixo do Par, após voltas de 68, 68 e 65.
É perseguido pela margem mínima pelo seu compatriota Marco Penge, autor de voltas de 65, 68 e 69, para um total de 202, -14. Penge tem andado em 2.º todos os dias. O 3.º posto é partilhado por dois jogadores com 204 (-12): o espanhol Manuel Elvira (66+66+72) e Mateusz Gradecki (71+67+66), este último a tentar tornar-se no segundo polaco campeão do Open de Portugal, após o seu amigo Adrian Meronk.
DECLARAÇÕES DOS PORTUGUESES E DO LÍDER
Ricardo Melo Gouveia: «Foi um dia positivo, acho que o resultado foi bom. As condições estavam mais complicadas, com mais vento, algumas bandeiras também mais complicadas, portanto, saio contente com a volta de hoje. Amanhã será um dia com condições bastante difíceis (chuva, vento), teremos de ter bastante paciência. Hoje o que falhou foram putts de 2, 3, 4 metros que eram importantes para manter o ritmo do jogo, acabei por falhar e quebrar o ritmo, mas depois acabei bem a volta, mesmo no final. Amanhã temos de apontar lá para cima e tentar fazer o melhor resultado possível. Gostava de ter uma volta muito sólida. Sair daqui entre os dez primeiros seria um bom objetivo».
Ricardo Santos: «Joguei muito bem, do tee ao green foi o meu melhor dia (do torneio), o mais sólido, bati muito bem na bola. Já nos greens voltei a não estar bem, com a exceção dos dois últimos buracos e acabei com dois birdies para minimizar essas más sensações que estava a ter nos greens. Esta tarde irei treinar para melhorar esse ‘feeling’ e limpar um pouco a cabeça dos maus putts que fiz».
Tomás Bessa: «O início foi mau (triplo-bogey no buraco 1) e fiquei perplexo. Não foi um dia bom. A meio ainda recuperei alguma confiança (3 birdies em 5 buracos entre o 7 e o 11), dei alguns bons shots, fiz alguns birdies, mas não foi o meu melhor dia e paguei caro algumas decisões mais arriscadas, um pouco por sentir que tinha de ir atrás do resultado (o segundo shot que foi à água no buraco 18), para subir mais na classificação. Levei por tabela esses erros, mas tenho mais uma volta para mostrar o meu valor».
Andre Wilson (Inglaterra): «Sim, estou mesmo feliz. Esta época, até ao momento, tem sido uma luta. Seria simpático se arrancasse uma vitória amanhã para dar a volta (à temporada). Acho que foi a minha primeira volta do ano isenta de bogeys e quando ia no buraco 16 estava a pensar que seria bom não sofrer qualquer bogey e levar isso para amanhã. Portugal é dos meus países preferidos para jogar golfe e decidi vir antes do Open de França da próxima semana, para treinar um pouco. Já tinha jogado aqui há dois anos e gostei. Agora, preciso de vencer amanhã para entrar no top-50 (da Corrida para Maiorca) e lutar pelo cartão nos últimos eventos da época».
Gabinete de Imprensa do Open de Portugal at Royal Óbidos
Miraflores, 16 de setembro de 2023
Fotografia © Rodrigo Gatinho / Federação Portuguesa de Golfe