62.º Open de Portugal at Royal Óbidos – TOMÁS MELO GOUVEIA NO TOP-20 QUATRO PORTUGUESES APURADOS
PEDRO FIGUEIREDO, RICARDO SANTOS E HUGO CAMELO JUNTARAM-SE A TOMÁS MELO GOUVEIA NAS DUAS ÚLTIMAS VOLTAS E AMANHÃ HÁ DE NOVO JORNADA DUPLA.
Num dia em que se terminou a segunda volta e jogou-se grande parte da terceira, Tomás Melo Gouveia aguentou-se no top-20 do 62.º Open de Portugal at Royal Óbidos, o mais importante torneio de golfe nacional, com prémios monetários no valor de 270 mil euros.
O terceiro melhor português no ranking mundial vai provisoriamente no 17.º lugar, empatado com outros sete jogadores, com 4 pancadas abaixo do Par.
O único torneio português do Challenge Tour, a segunda divisão do golfe profissional europeu, é liderado provisoriamente pelo norte-americano Matt Oshrine (faltam-lhe cinco buracos da terceira volta) e pelo italiano Stefano Mazzoli (restam-lhe quatro buracos), ambos com 11 pancadas abaixo do Par.
Dos 47 jogadores que concluíram hoje a terceira volta, o melhor resultado – aquilo a que no golfe chama-se a liderança na clubhouse – pertence ao francês Félix Mory, com 204 pancadas, 9 abaixo do Par, após voltas de 71, 67 e 66.
Um total de 76 jogadores teve de voltar hoje de manhã para concluir a segunda volta e do total de 152 participantes só 74 se apurou para as duas últimas rondas. Entre os portugueses, dos 15 que tinham iniciado o torneio, quatro passaram o cut: Tomás Melo Gouveia, Pedro Figueiredo, Ricardo Santos e Hugo Camelo.
É o máximo de portugueses a passarem o cut desde a primeira vez em que o Challenge Tour (segunda divisão europeia) veio a Óbidos. Nessa altura, em 2020, foram seis.
Tomás Melo Gouveia, apesar de manter o resultado de 4 abaixo do Par, desceu de 11.º para 17.º, com voltas de -4, Par e Par, com a terceira ronda incompleta, pois tem ainda de jogar três buracos amanhã.
Pedro Figueiredo subiu de 96.º para 51.º (empatado), a Par do campo, com rondas de +2, -2 e Par, e também tem ainda quatro buracos pela frente; Ricardo Santos e Hugo Camelo perderam posições e estão empatados no 71.º posto, com 5 acima do Par.
Hugo Camelo (com voltas de 70, 69 e 79) e Ricardo Santos (71+70+77) foram dois dos 47 jogadores que já encerraram a terceira volta.
Pedro Figueiredo continua a ser o recordista de cuts passados no Open de Portugal, agora com oito, enquanto Ricardo Santos passou para o segundo lugar neste ranking histórico, com 6 cuts, empatado agora com Daniel Silva e Filipe Lima. Hugo Camelo fê-lo pela segunda vez, mas com a curiosidade de em 2022 superar o cut como amador e agora, em 2024, já como profissional. Já Tomás Melo Gouveia, após sete tentativas seguidas falhadas, à oitava foi de vez e é o seu primeiro cut na prova.
O atraso de quatro horas com que o torneio vinha da véspera, devido ao nevoeiro de sexta-feira, só parcialmente foi recuperado hoje. Apesar de todos os esforços da organização, não foi possível fechar toda a terceira ronda e 27 jogadores terão de regressar amanhã ao campo, logo às 8h15, para chegarem aos 54 buracos.
Não há, por isso, resultados finais da terceira volta, apenas provisórios, mas já se sabe que a última volta irá arrancar também às 8h15, de dois buracos em simultâneo, para que o programa possa concluir-se como previsto ao final da tarde de Domingo.
Declarações
Tomás Melo Gouveia: «O jogo está bom, só não estou a por a bola perto das bandeiras, (fico) sempre a 6, 7 ou 8 metros. E como os greens, esta tarde, estiveram muito pisados, muito difíceis, não meti tantos putts. Só fiz um birdie e um bogey, fui muito consistente, mas preciso de mais birdies e é isso que vou tentar amanhã».
Pedro Figueiredo: «Hoje de manhã tive de remar bastante para conseguir passar o cut. Cheguei a estar a +3 e o cut fixou-se a Par do campo, portanto, acabei com três birdies na segunda volta, que deram-me a possibilidade de jogar a terceira e a quarta volta. Agora, na terceira volta, o campo não esteve fácil, as bandeiras estão encostadas, os greens estavam bastante pisados, mas acho que se fizer um bom final de volta amanhã, e faltam-me quatro buracos, ainda posso fazer uma classificação bastante aceitável».
Ricardo Santos: «Foi um dia duro… acho que não joguei (tão mal) para fazer 6 acima do Par, mas nos primeiros nove buracos falhei três putts curtos, mais um shot de infelicidade no buraco 4 e o drive no 14 (falhado). De resto, acho que joguei bastante sólido e o resultado simplesmente não aconteceu».
Hugo Camelo: «Comecei bem (com dois birdies em quatro buracos), até ia confiante, mas depois fiz alguns bogeys, tive aquele quádruplo-bogey no 11 e acabou por ser um resultado um bocadinho mais pesado. Continuo confiante, os objetivos são os mesmos, acho que fiz uma má volta e amanhã será outro dia».
Stefano Mazzoli: «Joguei muito bom golfe esta manhã. O meu driver tem estado bom e o meu putt bastante consistente. Creio que este campo ajusta-se bem ao meu jogo e dá-me muitas oportunidades de birdie»
Matt Oshrine: «Em geral, foi um bom dia para mim. A meio da volta o vento caiu pela primeira vez durante toda a semana e isso tornou-se ainda mais desafiador para mim, por nunca ter jogado antes neste campo».
Félix Mory: «Acho que não falhei nenhum shot hoje. Estou a bater muito bem na bola de saída e estive muito sólido com os ferros. Poderia ter metido mais alguns putts, mas fui demasiado conservador com a velocidade (de putting). Em geral, joguei sólido».
Resultados e classificações
Os principais resultados após a terceira jornada e as classificações de todos os jogadores portugueses foram os seguintes:
1.º Stefano Mazzoli (Itália), 72+64+*, -11
1.º Matt Oshrine (EUA), 70+65+*, -11
3.º Félix Mory (França), 204 pancadas (71+67+66), -9
3.º Robin Williams (África do Sul), 68+68+*, -9
3.º Ryan Lumsden (Escócia), 65+69+*, -9
3.º David Boote (País de Gales), 66+70+*, -9
3.º Oliver Lindell (Finlândia), 69+66+ *, -9
Portugueses que passaram o cut
17.º (empatado) Tomás Melo Gouveia, 67+71+*, -4
51.º (empatado) Pedro Figueiredo 73+69+*, Par
71.º Ricardo Santos, 218 (71+70+77), +5
71.º Hugo Camelo Ferreira, 218 (70+69+79), +5
* Jogadores que ainda têm de concluir a terceira volta.
Gabinete de Imprensa da Federação Portuguesa de Golfe
Miraflores, 14 de setembro de 2024
Fotografia © Rodrigo Gatinho / Federação Portuguesa de Golfe