62.º Open de Portugal at Royal Óbidos – TOMÁS MELO GOUVEIA NO TOP-10 COM RECORDE

62.º Open de Portugal at Royal Óbidos – TOMÁS MELO GOUVEIA NO TOP-10 COM RECORDE

A melhor volta de sempre do n.º3 nacional, quer no torneio, quer no campo, colocou-o no 6.º lugar, a 2 pancadas do líder, o escocês ryan lumsden. Há 3 portugueses no cut provisório.

Tomás Melo Gouveia efetuou a sua melhor volta de sempre no Open de Portugal que está a celebrar a sua 62.ª edição e no Royal Óbidos Spa & Golf Resort, que acolhe a prova da Federação Portuguesa de Golfe desde 2020.

É o único torneio português do Challenge Tour, a segunda divisão do golfe profissional europeu, e está dotado de prémios no valor de 270 mil euros.

Num dia de ventos fortes, cruzados e irregulares, Tomás Melo Gouveia concluiu a primeira volta de 18 buracos em 67 pancadas, 4 abaixo do Par, um recorde pessoal, para colocar-se no grupo dos 6.º classificados, a 2 pancadas do líder, o escocês Ryan Lumsden.

«É, de longe, o meu melhor resultado neste torneio e neste campo. Foi muito positivo, apesar do início atribulado e estou muito contente”, disse o português de 30 anos, que tinha carimbado a sua melhor volta de sempre no evento quando estreou-se, em 2017, ainda como amador, então no Morgado Golf Course, no Algarve, com 70 (-3). Esta foi a sua oitava participação na prova e, desde que transitou para Royal Óbidos, o seu melhor resultado foram três voltas em 72 pancadas, quando esse era ainda o Par do campo. Este ano passou para um Par-71.

«Hoje o putt esteve muito bom, como nunca neste campo. O putt foi o herói que manteve-me em jogo nos primeiros sete buracos e depois alavancou os muitos birdies e o eagle que fiz», disse o mais novo dos irmãos Melo Gouveia, esta semana posicionado como 72.º na Corrida para Maiorca, o ranking do Challenge Tour.

Tomás Melo Gouveia, o terceiro melhor português no ranking mundial, virou do avesso uma volta que tinha começado periclitante, com bogeys nos buracos 2 e 7. Em grande parte graças a putts de 6 metros nos buracos 8 e 9 para birdie, mais outro de 4 metros para birdie no 10 e, sobretudo, um putt de 13 metros (!) para eagle no buraco 11. Um último birdie no 15 fê-lo chegar às 4 pancadas abaixo do Par, para empatar com outros cinco jogadores no 6.º lugar.

O líder é o escocês de 27 anos Ryan Lumsden, um dos mais eloquentes jogadores da nova geração de profissionais britânicos, que hoje também fez os tacos falarem por si, com uma volta de 65 (-6).

«Joguei muito bem, em grande, estive muito bem nas saídas, o que aqui é importante, por os fairways serem estreitos e o campo ser longo. Também ‘patei’ melhor do que aquilo que tenho feito nas últimas semanas. Passei a segunda e a terça-feira a trabalhar no jogo curto e no putt e hoje recebi os dividendos», disse o 64.º no ranking do Challenge Tour.

«Acho que os britânicos esta semana estarão em vantagem, porque nascemos e crescemos a jogar nestas condições. Por exemplo, saber que às vezes é importante ter um voo de bola baixo e jogar um ferro-5. Este campo é fantástico, lindo, mesmo junto à costa portuguesa, com algumas vistas espantosas. O traçado é difícil, há que ‘draivar’ bem e os greens são ondulados», acrescentou.

Este ano, é a segunda vez que lidera um torneio do Challenge Tour, depois do Irish Challenge, em agosto, onde foi 4.º classificado. Este ano registou dois top-10, tendo também carimbado um 8.º posto, na Finlândia, em agosto.

A sua liderança está presa pela margem mínima, pois a 1 pancada de distância, com 66 (-5), estão mais quatro jogadores: o sueco Niklas Lemke, o galês David Boote, o inglês Bem Schmidt e o irlandês Aron Zemmer.

A primeira volta foi interrompida às 19h38, embora alguns jogadores tenham optado por continuar a jogar até às 20h03. Havia ainda sete formações em campo, a mais atrasada de todas na saída do buraco 16. Esses jogadores retomarão a volta inaugural às 8h30 de amanhã (sexta-feira), mas antes disso, às 7h50, a segunda volta irá arrancar de dois tees em simultâneo.

O cut provisório está fixado a Par do campo e há 77 jogadores (dos 155 iniciais) dentro dessa marca, incluindo três portugueses.

Tomás Melo Gouveia está metido na luta pelo título. Os outros jogadores nacionais são Hugo Camelo, em 29.º (empatado) com 70 (-1) e Ricardo Santos, em 49.º (empatado) com 71 (Par). Hugo Camelo passara há dois anos o cut quando era ainda amador, enquanto Ricardo Santos, 183.º classificado no ranking do Challenge Tour, precisa de um grande Open de Portugal para manter vivas as aspirações de qualificar-se para o top-45 que no final do ano irá jogar a Rolex Challenge Tour Grand Final supported by the R&A, em Maiorca.

O melhor amador português foi o campeão nacional amador, Miguel Cardoso, que andou quase até ao fim abaixo do Par, mas um duplo-bogey, mesmo no último buraco, deixou-o no grupo dos 78.º classificados, com 72 (+1). O mesmo resultado de Alexandre Abreu, que também ia com -1 até ao duplo-bogey no 17. De qualquer modo, ambos estiveram bem e têm boas hipóteses de apurarem-se para o fim de semana.

Os principais resultados após a primeira volta e as classificações de todos os jogadores portugueses foram os seguintes:

1.º Ryan Lumsden (Escócia), 65 (-6).
6.º (empatado), Tomás Melo Gouveia, 67 (-4).
29.º (empatado), Hugo Camelo, 70 (-1).
49.º (empatado) Ricardo Santos, 71 (Par).
78.º (empatado) Miguel Cardoso, 72 (+1).
78.º (empatado) Alexandre Abreu, 72 (+1).
98.º (empatado) Vítor Lopes, 73 (+2).
98.º (empatado) Pedro Figueiredo, 73 (+2).
127.º (empatado) José Miguel Franco de Sousa, 75 (+4).
127.º (empatado) Pedro Lencart, 75 (+4).
145.º (empatado) Diogo Rocha, 77 (+6).
145.º (empatado) Vasco Alves, 77 (+6).
150.º Pedro Almeida, 79 (+8).
152.º (empatado) João Pereira, 83 (+12).
154.º Tomás Bessa, 84 (+13).
155.º Afonso Oliveira, 85 (+14).

Note-se que Miguel Cardoso, José Miguel Franco de Sousa, Diogo Rocha, João Pereira e Afonso Oliveira são amadores e estão a fazer a sua estreia, quer no Open de Portugal at Royal Óbidos, quer em eventos do Challenge Tour.

Gabinete de Imprensa da Federação Portuguesa de Golfe

Miraflores, 12 de setembro de 2024

Fotografia © Rodrigo Gatinho / Federação Portuguesa de Golfe